quarta-feira, 28 de novembro de 2007

E nós pra onde vamos?


E nós pra onde vamos? Qual será nosso futuro? O que estamos a fazer com o presente? Além de bater a cara contra o muro, ou de derrubar muros e construir outros, ou de derrubar as últimas florestas que nos restam, infestar os rios com latas de sardinhas, viver amontoados sobre o lixo que produzimos todo dia, bufando a fumaça do nosso super desenvolvimento tecnológico, enchendo a pança com os líquidos gasosos e as gosmas coloridas e perfumadas, e os embutidos e os empacotados, artificialmente aromatizados, que fabricamos incessantemente. E depois nos jogamos num american flex com um magic control na mão e assistimos aos lixos enlatados que hollywood gentilmente nos concede? Boa merda!
Mas o fato é que se alguma coisa urgente não acontecer... Se o mundo não der uma guinada, se não houver uma tomada de consciencia coletiva... Estaremos todos fudidos. Na verdade muitos já estão. Muitos... mais do que nós possamos imaginar. Do conforto dos nossos duplex's, encostados nas nossas almofadas indianas, meditando sobre o Bhagavad-Gita... A hora é de acordar, despertar! Já não temos tanto tempo mais. E pra onde vamos depois?

( Foto de Sebastião Salgado)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Eu tenho medo.


Eu tenho medo da morte, da solidão, da dor... De adoecer de repente de uma doença sem cura. Tenho medo do perigo, do amor, de viajar de avião, de assalto à mão armada, de me cortar com gilete, de pisar num prego enferrujado, de ser mordida de cobra, de tomar caldo de cana envenenado. Eu tenho medo de tudo! De cruzar avenidas movimentadas, de bala perdida, de sequestro relâmpago, de trovoadas. De me perder em Nova York sem saber falar inglês!
Tenho medo de injeção, de anestesia, de mar revolto, de correnteza, de manchas de pele. Tenho medo de perder o cabelo, de ficar com insônia, de ter pesadelo. Tenho medo do escuro, do futuro do planeta, de assombração, de carro que vem correndo na contramão.
Tenho medo de gente má, de gente morta, de pisar em despacho, de encruzilhada, de sandália virada, de bola na cara andando na praia, de cair um côco em minha cabeça. Tenho medo da fome, da velhice e do medo. Mas não faço corpo mole, nem tiro o meu time de campo. Dou minha cara a tapa, dou meu pescoço a forca, mas não fujo da raia! Posso ir à nocaute mas não me dou por vencida. Não abandono o ringue, jamais! Quanto mais tenho medo mas tenho coragem. Enfrento qualquer dragão com a minha espada de São Jorge. Meu amuleto é a fé. Meu caminho é o do meio, minha estrela é do oriente! O Meu pai é Oxalá! Meu Rei venha me valer! Deus é Mais!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Fluxo...Refluxo...


Eu sou apenas alguém que as vezes é enorme e como o poeta contém multidões...
Outras vezes é nada, ínfimo! o último dos mortais. Carregando castigo e culpa.
Outras raras vezes é Infinito, Supremo, Profusão, abundância... Transcendência.
Normalmente... Por aí, tropeçando, sofrendo, sendo até feliz. Fragmentando-se todo dia,
no fluxo delicioso da vida e todas as suas configurações designadas pela ordem do universo.
E sigo meu caminho, enrolando um lindo echarp na cabeça, com uma sandália leve nos pés...
E o chão se faz estrada pra mim!

sábado, 10 de novembro de 2007

Você faz suas escolhas...


Mesmo quando acreditamos que não temos escolhas... Elas estão aí. Podem não ser aquelas que gostaríamos, podem não ser as melhores escolhas. Podem não ser plurais, não ser perfeitas, ideais... Podem até ser catastróficas! Mas sempre temos uma escolha. Essa nos é concedida pelo universo.
Ou vou ou fico, ou ando ou paro, ou paro ou corro, devagar ou depressa, sorrindo ou chorando ou brincando. Começo? Termino? Aceito? Sim ou não? Mergulho de cabeça ou caio fora?
Mesmo se ficar o bicho pega se correr o bicho come... Existe uma escolha. Fudida ou não!
Muitas vezes não damos a mínima bola pras escolhas, outras vezes passamos a bola pra outros, que terminam escolhendo por nós. Outras vezes demoramos tanto pra fazer uma escolha... Até pra escolher o sabor de um suco ou uma camiseta pra vestir.
As escolhas que fazemos são reflexos do que somos, e vice-versa. Muitas escolhas vão marcar nossas vidas pra sempre. Outras, vão ficar penduradas na parede do nosso imaginário, com uma legenda ao lado: Por que não fiz a outra escolha?
Mas as escolhas são assim mesmo. Pra se errar ou acertar. O que tá valendo é a coragem de faze-las, e procurar faze-las da melhor maneira possível. Com medo ou sem medo, não importa.
Eu prefiro as escolhas do coração. Há quem prefira as escolhas da razão.
Eu quero escolher sempre. Meus sonhos e delírios, versos, prosas, meus amigos e amores, meus livros, discos e filmes e perfumes. Meus caminhos a percorrer, meus trabalhos e projetos de vida, viagens... Viagens.
E quando eu não tiver escolha nenhuma... Eu saberei, que no fundo, lá no fundo, eu tenho uma escolha. Livre arbítrio é um presente do universo. Pessoal, intransferível! Ninguém pode tomar.

sábado, 3 de novembro de 2007

Breves e superficiais considerações sobre o tempo.


O tal do Newton dizia que o tempo é absoluto... O doido da língua pra fora desmentiu tudo... E o conceito de tempo mudou completamente, com sua teoria da relatividade. Eu particularmente não entendo porra nenhuma de física, nem quântica, nem cosmologia, nem conceitos e terminologias,
tipo: singularidade, densidade... nem concepção de tempo/espaço... blablablabla...
Eu sei que parece que o doido provou um monte de coisa, inclusive a conversão de energia em matéria(e vice-versa), universo em expansão... Coisa e tal...
Não sei onde essa expansão vai parar! Aliás... Não sei de nada. Nada mesmo!
Mas sinto que o tempo corre tão depressa... "Se você tropeça..."
Na vera! Eu acho mesmo é que o tempo é virtual. E essa estória de que o ano tem doze meses, o mes tem trinta dias e o dia tem vinte e quatro horas... É só uma senha pra gente viver nessa dimensão. Diz o cara que são quatro dimensões né? Três eu já achava muito... Pois é! Pra viver essa realidade a gente precisa desse aparato todo pra coisa não virar esculhambação.
Sob determinadas condições o tempo pode ser mais lento. Ou até parar! Já pensou?
Essa é pra pirar! Pirar mesmo!
Eu acho que ainda vai se descobrir muita coisa a respeito do espaço/tempo... Enquanto isso fico por aqui. viajando... Devagar. Divagando. ..
"Tempo, tempo, tempo, tempo...És um senhor tão bonito... Quanto a cara do meu filho..."