quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Família, ah... Família...

Cada um de um jeito, cada um com suas manias. Uns tão tímidos, outros espalhafatosos... Uns simpáticos, uns carismáticos, uns meio feios, uns meios bonitos, uns assim assim... Uns fracos, uns fortes. Uns à direita, outros à esquerda, uns no caminho do meio.  Nenhum perfeito! Uns pensam de uma forma outros de outra. Uns assistem a tudo calados, outros falam pelos cotovelos. Uns dizem o que pensam outros engolem o choro, e tem até uns que falam pelas costas. Família é assim. Às vezes um túmulo de mágoas, outras vezes um mar de afetos. Quando se está longe dá uma saudade... Ou um alívio! Família é um berço que abriga pessoas de todos os tipos e maneiras. Tem de um tudo! Tem hippies, boêmios, estudantes, estudiosos, auto didatas, espíritas, cristãos, pastores, budistas, ioguis, yuppies, gays, naturalistas,  políticos, filósofos, artistas e bandidos (e todos morrem no fim...) É uma espécie de ONU. É aí que nos vemos convidados a exercer a tolerância e o respeito pelas diferenças, pela diversidade... É aí que percebemos a herança que nos foi deixada, e a que estamos a construir. Quando lembramos das palavras sábias de nossos antepassados, ou quando recordamos também os seus equívocos. A balança que pesa esse legado está na nossa consciência. É com os olhos da consciência que aprendemos a enxergar as pessoas da forma como elas são e respeita-las em suas escolhas, em suas posturas, ainda que não concordemos com elas. E é com o amor que falamos a língua dos anjos! No final das contas, paradoxalmente, somos todos tão iguais, e diferentes! Não tem piores nem melhores... A tolerância, junto com a compreensão e o afeto continuam sendo as mãos que embalam o berço de qualquer família, estreitando laços, desatando nós e criando linhas fortes e coloridas para remendar, costurar e bordar novos tempos, cheios de relacionamentos verdadeiros e sinceros. Sejam como for! O que buscamos sempre, desde que o mundo é mundo,  é que nossos filhos sejam melhores do que pudemos ser, e que os nossos netos eternizem o que há de melhor em nós e nos ensinem o que não conseguimos aprender com os nossos pais. E oxalá nos ensinem a enxergar um novo mundo, cheio de esperanças e sem fronteiras!