terça-feira, 9 de agosto de 2016

Alinhavando desperdícios...

Numa referência a Manoel de Barros, que usava as palavras para compor seus silêncios, e era, por elas,  iluminado, essa coleção alinhava desperdícios, metamorfoseia coisas, alquimiza um tanto... (Porque os alquimistas estão chegando, não para transformar metais, mas para transmutar conceitos e mentes, renovar o homem usando borboletas...) Lança mão da invencionática, Não tem regras, nem pudores, nem limites... Mas coração e asas! Respeita às coisas desimportantes, saboreia quintais maiores que o mundo, e está aparelhada para amar passarinhos... Às vezes poética, às vezes estranheza. É assim essa coleção! Em tempos sombrios, pinceladas de cores, surpresas, invencionices... E o avesso vira direito, e vice versa, e o que era defeito é um efeito. Passado é presente, futuro é presente. O tempo se relativiza aqui. "E nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", como dizia outro alquimista, o Lavoisier.