terça-feira, 5 de agosto de 2008

Cambodian... Camboja..



Estive recentemente no Cambodia. Um país que carrega nos ombros o peso de uma terrível história. Uma história milenar de riqueza e esplendor e uma história recente de sofrimento e genocídio. É também um pais com uma capacidade de recuperação impressionante. Hoje o Cambodia está em obras... Completamente em obras. Em rítimo de crescimento acelerado, correndo atrás do tempo perdido. Do tempo em que esteve afundado na escuridão, no medo, na fome, na ignorância e no ostracismo.

A pobreza e a riquesa, o novo e o velho, o trabalho e a perspectiva, a poeira e a esperança... Caminham pelas ruas de mãos dadas. Os Cambojanos sempre com um sorriso largo nos lábios, e os olhos brilhantes de agradecimento, simplesmente por estarem vivos.
Angkor, conta um pedaço dessa história de exuberância e riqueza . É Uma cidade incrível, de arquitetura surpreendente e única, que ficou perdida no tempo, e foi, literalmente, engolida pela floresta. Como nos contos de fadas. Uma cidade que chegou a ter um milhão de habitantes e hoje suas ruínas me levam a imaginar, como terá sido, há mil anos atrás? Quando tudo aquilo efervescia de vida, movimento e religiosidade. Onde centenas e centenas de artistas e artesãos esculpiam, moldavam e criavam figuras maravilhosas em pedra bruta, com suas ferramentas rudimentares...
São estátuas gigantescas, com sorrisos enigmáticos. Milhares de ninfas dançarinas, elefantes puxando seus carrosséis, dragões, leões, e deuses, brotando em flores de lótus... Um sonho fantástico e intrigante, que não parece ter sido realizado por mãos humanas.
Angkor, é realmente um programa imperdível, no Cambódia. Você compra um ticket, com a opção de um dia, três dias, ou uma semana, de passeio, por todo o parque. O que pode ser feito de tuc-tuc (uma moto incrementada por uma cabine, com lugares para até quatro pessoas), ou se preferir, alugar uma bicicleta... O ideal é chegar às ruínas (Que hoje formam um parque, tombado pela Unesco) de manhã bem cedo e ficar até o pôr do sol, depois voltar no outro dia pra conhecer um pouco mais, e no terceiro dia, vale estar de madrugada por lá, pra ver o amanhecer em Angkor. Algo quase irreal, de tão belo!
Se você optar pelo passeio de uma semana, terá muito o que explorar, inclusive banhos de cachoeira!
O Cambódia me seduziu irremediavelmete. Chorei como uma orfã nos seus campos de extermínio. Me surpreendi e me revoltei nos seus "museus de minas terrestres", nos seus "museus do genocídio"... Mas me diverti muito, com as pessoas nas praças, sentadas em imensos tapetes, comendo suas iguarias em fim de tarde.
Perambulei por suas ruas sem medo, e em nehum momento flagrei qualquer tipo de violência.
Rezei em seus templos coloridos e dourados e pude ver a esperança nos olhos dos jovens e crianças dali.
O Cambódia tem muito pra nos ensinar, experiência de quem morreu e ressuscitou!
Hoje, sua capital, Phnon Pen, é considerada uma das dez cidades do mundo que satisfazem plenamente seus habitantes. Eu vi e vivi um pouco de tudo isso. Valeu a pena ter ido!

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