sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Saudades de Alfredo

(Tenho vindo muito aqui nos últimos tempos pra falar de morte, saudade, lembranças, memórias afetivas...
As duas últimas postagens são uma homenagem pra duas pessoas distintas, que sempre me faziam lembrar uma da outra pela data do aniversário. E agora me farão lembrar uma da outra pela data das suas jornadas rumo ao desconhecido. Tia Julia e Alfredo, duas pessoas tão queridas... Partiram...)
                                   

                                   
Ao som de killing my sofling, lá pelos idos de 73, 74, conheci um cara invocado, baixinho, óculos fundo de garrafa, cabeludo, roupas desleixadas, jeitão despojado... Mas um papo incrível, inteligente, cheio de tiradas e um humor inconfundível. Meio louco, meio rebelde, um tanto transgressor, sem papas na língua e um coração imenso e belo. Um homem especial! Esse era Alfredo. Meu namorado de adolescência, meu grande amor, incondicional e platônico,  pela vida inteira.
Fui cúmplice do seu casamento com Regina , fui madrinha mesmo sem nunca ter batizado nenhum de seus filhos,  fui sua grande amiga mesmo sempre distante, e ainda,  Deus me deu a oportunidade de compartilhar da sua despedida rumo a grande jornada de volta ao pó das estrelas, aquela pra qual todos nós iremos um dia, a única coisa na vida que temos certeza absoluta!
Alfredo, meu querido, marcou a vida de cada um que teve o prazer e o privilégio de conhece-lo.
Foi realmente uma grande figura, e com certeza teve um lugar especial reservado para esse momento; em algum ponto do universo. Em algum ponto do universo ele continua sorrindo e brilhando.
Alfredo viveu a vida intensamente, experimentou o que teve vontade, desafiou seus limites, desfilou na corda bamba. Foi um personagem intenso do seu próprio filme, e aquele charme de chapéu panamá... Ele pagou uma conta alta, uma conta que chegou muito cedo. É o que acontece quando somos demasiadamente ousados, nossos exageros custam tão caro... Mas valeu amigo! Sua efêmera mas intensa passagem por esse planeta  tocou nossas vidas de alguma forma.muito especial. Obrigada por ter exisitido, obrigada pelo presente!

KILLING ME SOFTLY
by Roberta Flack

Strumming my pain with his fingers,
Singing my life with his words,
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly, with his song.

I heard he sang a good song.
I heard he had a style.
And so I came to see him,
To listen for a while.
And there he was, this young boy,
A stranger to my eyes.

Strumming my pain with his fingers,
Singing my life with his words,
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly, with his song.

I felt all flushed with fever,
Embarrassed by the crowd.
I felt he found my letters,
And read each one out loud.
I prayed that he would finish,
But he just kept right on.

Strumming my pain with his fingers,
Singing my life with his words,
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly, with his song.

He sang as if he knew me
In all my dark despair.
And then he looked right through me
As if I wasn't there.
And he just kept on singing,
Singing clear and strong.

Strumming my pain with his fingers,
Singing my life with his words,
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly, with his song.

Um comentário:

Tiago Bode disse...

muito bom. Tõ ficando apaixonado por esse espaço.