Numa referência a Manoel de Barros, que usava as palavras para compor
seus silêncios, e era, por elas, iluminado, essa coleção alinhava
desperdícios, metamorfoseia coisas, alquimiza um tanto... (Porque os alquimistas
estão chegando, não para transformar metais, mas para
transmutar conceitos e mentes, renovar o homem usando borboletas...) Lança mão da invencionática, Não tem
regras, nem pudores, nem limites... Mas coração e asas! Respeita às
coisas desimportantes, saboreia quintais maiores que o mundo, e está aparelhada para amar passarinhos... Às vezes
poética, às vezes estranheza. É assim essa coleção! Em tempos sombrios,
pinceladas de cores, surpresas, invencionices... E o avesso vira
direito, e vice versa, e o que era defeito é um efeito. Passado é
presente, futuro é presente. O tempo se relativiza aqui. "E nada se
cria, nada se perde, tudo se transforma", como dizia outro alquimista, o Lavoisier.
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